segunda-feira, 23 de agosto de 2010

4º UNIVERSIDADE FORA DO ARMÁRIO - UFA


PROGRAMAÇÃO DO UFA! EM SALVADOR


  •  ABERTURA, Local: a confirmar


QUARTA-FEIRA, 08.09, 17H

TEMA: ACADEMIA E MILITÂNCIA: CONSTRUINDO POLÍTICAS LGBT NA UNIVERSIDADE


  • FACULDADE DE DIREITO DA UFBA

QUINTA-FEIRA, 09.09, 09H

   
TEMA: SEXUALIDADE E DIREITOS CIVIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA: AVANÇOS E RETROCESSOS

  
QUINTA-FEIRA, 09.09, 18H

  
TEMA: A CONDIÇÃO DA DOMINAÇÃO HOMOFÓBICA NOS AMBIENTES PRISIONAIS

    
SEXTA-FEIRA, 09.09, 09H

   
TEMA: Construindo a cidadania de pessoas vivendo com HIV/AIDS

 

  • PAVILHÃO DE AULAS DO CANELA (PAC) DA UFBA

  
SEXTA-FEIRA, 09.09, 09H

 TEMA: Construindo um Ensino que Dialogue com a Diversidade

   
  • FACULDADE DE COMUNICAÇÃO DA UFBA

 QUINTA-FEIRA, 09.09, 10H30

  TEMA: CONSTRUINDO MÍDIAS PRO-LGBT

  
QUINTA-FEIRA, 09.09, TARDE (14H)

  LANÇAMENTO DO MANUAL DE COMUNICAÇÃO DA ABGLT


  •  FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DA UFBA

  
QUINTA-FEIRA, 09.09, 09H
 
TEMA: A LUTA FEMINISTA NO MOVIMENTO LGBT

  
SEXTA-FEIRA, 10.09, 09H

  TEMA: PORTARIA 220/09: RECONHECENDO DIREITOS LGBT NA CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

 

  • FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFBA
  
QUINTA-FEIRA, 09.09, 09H

  TEMA: O PAPEL DA UNIVERSIDADE NA CONSTURÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA

 
SEXTA-FEIRA, 10.09, 09H

  TEMA: PROJETO ESCOLA SEM HOMOFOBIA

  
  • PAF III / IHAC

 QUINTA-FEIRA, 09.09, 09H

 TEMA: O MOVIMENTO LGBT – UMA HISTORIA DE LUTA E MILITANCIA POR CIDADANIA

  
SEXTA-FEIRA, 10.09, NOITE, 17H30 AS 18H30

  
LANÇAMENTO DA CAMPANHA "TEM MULHERES NA PARADA!"

   
  • BIBLIOTECA CENTRAL UFBA
 
QUINTA-FEIRA, 09.09, TARDE, 15H

  
TEMA: POLÍTICAS E AÇÕES AFIRMATIVAS PELA DIVERSIDADE SEXUAL

SÁBADO, 11.09., A PARTIR DAS 15H

 FEIRA CULTURAL PELA DIVERSIDADE SEXUAL  ( EXPOSIÇÕES, MOSTRAS DE FOTOS, POEMAS, MUSICAIS, OFICINAS, TEATRO DO OPRIMIDO E DIVERSAS AÇÕES.)

  • ESCOLA POLITECNICA DA UFBA
 
ALMOÇO, SEXTA-FEIRA, 12H

   
14H, OFICINA DE BATUCADA DO NÚCLEO DA MARCHA MUNDIAL DE MULHERES/UFBA + INICIO DA I PARADA PELA DIVERSIDADE SEXUAL DA UFBA.

ROTEIRO DA PARADA: POLITECNICA + ARQUITETURA + IGEO + IFIS + IQUI + IFARM + PAFI + IBIO + FACOM + LETRAS + PAFIII

 
  • UNIJORGE
SEXTA-FEIRA, 10.09, 09H
 
TEMA: O PROTAGONISMO JUVENIL NA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS LGBT

domingo, 13 de junho de 2010

3ª Mostra Possiveis Sexualidades

Em meio a olhares atentos, sorrisos expostos e muita expectativa a abertura da, foi marcada pela presença de diversas pessoas da cena LGBT baiana, entre artistas, estudiosos, militantes, curiosos, todos admiradores da 7ª arte e das possibilidades que a mesma tem de contribuir com a desmitificação e ressignificação acerca da sexualidade e do mundo LGBT.


O curador da mostra, Rodrigo Barreto, fez uma contextualização histórica acerca do evento , sobre as inovações da 3ª Mostra e posteriormente convidou os apoiadores do projeto a realizarem sua saudação. Todos falaram de suas expectativas em relação a 3ª Mostra e sobre elementos especificos de suas realidades na luta pro-LGBT.


Assim o representante da Caixa Cultural, falou além de suas expectativas em relação a mostra sobre os elementos que motivam a Caixa Cultural apoiar essa iniciativa.


Nildes Sena da Secretária de Cultura, falou sobre os editais voltados a cultura LGBT lançados pela Secretaria de Cultura, em 2009 e em 2010, ressaltando a importância de tais inicativas junto a comunidade LGBT.


Rafael Saar, diretor dos curtas A Carta e Depois de Tudo, falou da sua satisfação em estar na mostra e sobre os videos a serem exibidos posteriormente.


Danilo Bitencourt - da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, sobre a parceira da Sec. de Justiça junto as demandas LGBT's e a instauração do Comitê LGBT.


Luiz Mott, ativista do movimento LGBT além da saudação a inicitiva, expressou a insatisfação do GGB em não compor o Comitê Estadual de Promoção dos Direitos e Cidadania LGBT, bem como fez uma fala questionadora sobre as ideias propagadas pela teoria queer e os criterios de propostas contempladas pelos editais da Sec. de Cultura.


A vereadora Olivia Santana, parabenizou os responsáveis pela Mostra, afirmou saber que a ajuda concedida pela Camâra Municipal está aquem do necessário, mas reforçou o compromisso em seguir com a luta contra a homofobia em prol dos direitos LGBT's, apresentando inclusive experiencias pessoais que denotam sua sensibilidade junto a importância do respeito a pessoa LGBT.

A exibição de A carta, primeiro curta durante a graduação de Rafael, o qual apresenta a história de Felipe, jovem em processo de descoberta de sua sexualidade e que enfrenta a não aceitação de sua homosssexualidade pelo pai e Depois de Tudo, ultimo filme durante a graduação em Cinema na UFF do diretor, que aborda a relação homossexual de um casal maduro, encerrou a brilhantemente abertura de portas da 3ª Mostra de Possiveis Sexualidades.


Nos dias que se seguem a 3ª Mostra segue com ricos debates e exibições de curtas e longas na Caixa Cultural, no Instituto Cervantes e na Sala de Arte do Museu.





terça-feira, 8 de junho de 2010

As bandeiras LGBT's e exemplos de conquistas no país

Adoção

Em abril deste ano, um casal de homens conseguiu na justiça o direito de ter ambos os nomes constando como pai na certidão de nascimento de sua filha adotiva, que até então era registrada por apenas um deles. Pouco antes, um casal de mulheres também havia conquistado o direito sobre duas crianças já adotadas.

Casamento

A união civil homossexual não é garantida pela Constituição, que estabelece, no artigo 226, a “união estável entre homem e mulher como entidade familiar”. Mas é possível registrar, em cartório, uma Escritura Pública Declaratória de Relação de Fato em União Homoafetiva, que resguarda alguns direitos do casal, como inclusão do parceiro como beneficiário no INSS e divisão de bens em caso de separação.

Criminalização da homofobia

O Projeto de Lei 122/2006 está em tramitação no Senado. O projeto torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero - equiparando essa situação à discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo e gênero, ficando o autor do crime sujeito a pena de até 5 anos, reclusão e multa Também será considerado crime proibir manifestações de afeto entre homossexuais em locais públicos.
Plano de Saúde

Este mês, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passou a obrigar todas as empresas de seguro e planos de saúde a aceitar como dependentes os parceiros do mesmo sexo, da mesma forma que aceitam parceiros de relações heterossexuais em união estável.

“Papai é gay, meu filho”

Entrevista - Mau Couti, Fotógrafo e blogueiro
06/06/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta)por Elaine Vieira evieira@redegazeta.com.br




O fotógrafo Maurício Coutinho, 44 anos, é gay. Depois de anos tentando lutar contra seu desejo, numa época em que era feio e perigoso ser homossexual, ele conseguiu se assumir. A maior preocupação passou a ser como contar para o filho Bryan, então com 8 anos.


Sabe o que o menino, hoje com 18 anos e uma tatuagem do nome do pai no braço esquerdo, disse? “Vão te sacanear, papai". Dito isso, logo depois passou a cobrar: “Você não disse que o namoro era igual, só que entre dois homens? Então manda beijo”, quando o pai desligou o telefonema para o namorado. Para contar sua história e ajudar outros como ele, Mau Couti- como é conhecido profissionalmente - criou o blog Papai Gay, para que crianças e adultos possam encarar o homossexualismo com a mesma naturalidade - e respeito - de Bryan.


Como você se descobriu homossexual?

Desde criança eu sempre soube que era gay, já admirava amigos do meu pai. Eram os homens que despertavam minha sexualidade. Meu pai era militar, mas não era o tipo de pessoa preconceituosa. Mas eu não conseguia me aceitar. Era anos 1980 e não havia ídolos gays. A personagem em voga era a travesti Rogéria, com quem eu não me identificava. Então eu fiquei assim, negando a minha realidade dos 8 aos 14 anos, quando tive minha primeira relação sexual com um homem.

Mas você também teve relacionamentos com mulheres. Entre os 14 e os 18 anos também tive experiências com mulheres. Eu era considerado um bom partido, então pegava todas as meninas. E pegava homens também, mas com eles era tudo muito escondido, clandestino. Eu achava que com homens era só sexo, que eu nunca ia me apaixonar por nenhum, até porque eu também via aquilo tudo como muito sujo. E sexo é sexo, é bom, principalmente quando se é adolescente, então eu acabava ficando com as mulheres, porque eu também gostava e me apaixonava loucamente por elas.

Quando tinha 18 anos, surgiu forte a questão da Aids, a história do Cazuza, e ninguém sabia direito como é que pegava aquilo. Na dúvida, preferi continuar transando com mulheres, porque, além do prazer, parecia mais seguro. E depois, quando decidi contar tudo pro meu pai, ele também acabou me influenciando a tentar com mulheres.


Por que você optou por sufocar sua sexualidade?

Eu gostava de mulheres, mas a atração maior era por homens, sempre foi. Estava muito na dúvida. Sabia que era gay, mas não queria ser. Naquela época ninguém queria ser gay, porque era muito difícil. Além disso teve a influência do meu pai. Foi bom ter contado tudo para ele, parecia que eu tinha me livrado de um câncer, mas, nessa conversa, meu pai, que era muito inteligente, acabou me influenciando, mostrando que já que eu tinha prazer com mulheres deveria continuar com elas.

E aí a gente começou a se identificar mais um com o outro e eu me senti mais hetero. Foi então que me apaixonei pela mãe do meu filho, com quem casei aos 20 anos. Ficamos 10 anos juntos e eu sufocando minha homossexualidade. Fomos morar nos Estados Unidos e depois de 7 anos de casamento começamos a nos desentender, como todo casal. Depois de um tempo resolvi que queria viver tudo aquilo que eu tinha vivido com ela, uma relação séria, com um homem.


Foi aí que você começou a se aceitar?

Nos Estados Unidos, desde aquela época, os gays eram muito mais assumidos, tinham muito mais direitos conquistados e isso me ajudou a me aceitar. Quando eu voltei pro Brasil, decidi que a sociedade brasileira machista não ia mais me prender. Me separei, me apaixonei por um menino de 18 anos (eu tinha 30 na época) e assumi para a família toda.


E como foi esse processo até contar para o seu filho?

Foi uma confusão enorme. Minha separação teve briga na Justiça e tudo. Mas depois conseguimos nos entender e passamos a ter uma relação legal para poder criar nosso filho. Juntos, decidimos qual seria a melhor hora para contar para o Bryan. Aconteceu quando ele tinha 8 anos.

Foi mais difícil contar para ele do que para seus pais?

Pelo contrário, foi muito mais fácil. Depois que contei, percebi que nunca deveria ter escondido. A preocupação era se isso poderia influenciar a sexualidade dele, mas eu sabia que um gay já se reconhece assim desde pequeno. Se meu filho fosse gay, ele ia continuar sendo. Se fosse hetero, pelo menos ia se tornar um cara mais aberto, mais liberal, sem preconceitos. E foi isso que aconteceu. Esconder é subestimar a inteligência das crianças, a capacidade delas em entender uma coisa que existe desde sempre. A maldade está muito mais na cabeça dos adultos. Depois que contei, ele fez algumas perguntas sobre como é namoro, o que faz ou não. Eu respondi na medida do possível e em uma semana ela já tinha assimilado tudo.

O que o surpreendeu?

Nosso diálogo foi lindo. Eu perguntei para ele se teria problema se o pai fosse gay, ele disse que não. Então eu confirmei: “Pois é, papai é gay, meu filho”, e a primeira reação dele foi chorar e dizer que as pessoas iam me sacanear. Aí eu expliquei que todo mundo já sabia, menos ele. E ele quis que eu tivesse contado antes.

Você acha que a sua opção se refletiu de alguma forma na adolescência do seu filho, na relação dele com os amigos?

Lógico que as pessoas reagiram. Ele começou contando apenas para os amigos mais íntimos e, sem querer, acabou se tornando um militante no colégio, excluindo amigos que falavam coisas preconceituosas.

E ele participa da sua vida amorosa?

Nos finais de semana em que ele ficava comigo, viajávamos com meu namorado. No começo não tinha beijo, carinho, nada, era como se fosse um amigo. Mas depois que ele ficou sabendo, ele mesmo cobrava. Numa ligação para meu namorado, disse: “pai, você não falou que o namoro era a mesma coisa, só que entre dois homens? Então porque não mandou um beijo antes de desligar?”. Ele me fez ligar de novo, só para mandar beijo, e isso mostra a naturalidade com que encarou as coisas. É uma besteira não mostrar carinho, não beijar na frente de crianças, porque é exatamente isso que um casal hetero faria.

Que tipo de preconceito mais o incomoda?

É não poder andar de mãos dadas na rua. Não poder dar um beijo no meu namorado quando tiver vontade. Só acha que está tudo bem quem se satisfaz com subcidadania. Sou uma pessoa como todas as outras e tenho que ter os mesmos direitos de todo mundo. Por isso a homofobia tem que ser criminalizada. Só assim a sociedade brasileira vai entender que eu tenho o direito de passear de mãos dadas com meu namorado pela rua, sem achar que eu esteja agredindo ninguém. Se as crianças virem, melhor, aí os pais vão poder explicar que é normal e não teremos mais pessoas bitoladas, porque apesar da maior exposição dos gays, ainda tem muita gente por aí que acha que pode espancar uma pessoa só por causa da sua opção sexual.

Vo cê está fazendo sua parte... Criei o blog para falar sobre o que vivo e ele acabou virando uma ferramenta de utilidade pública, com as pessoas me procurando para tirar dúvidas. Da minha parte, acho que sou o único homem do mundo que quer que o filho seja gay. Queria pelo menos que ele experimentasse, mas ele não quer. Eu transei com um monte de mulher e nem por isso deixei de ser gay. Um hetero pode se permitir experimentar sem deixar de sê-lo também. Até brinco, dizendo que não adiantou nada tocar Cher quando ele era criança, meu filho acabou virando metaleiro!

"O QUE FOI FEITO É PRECISO CONHECER PARA MELHOR PROSSEGUIR"

FÓRUM BAIANO LGBT*
Após um longo processo de negociação e articulação, o Governo do Estado da Bahia divulgou as entidades da Sociedade Civil para compor o Comitê LGBT, vinculado a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

Vale dizer que a pressão dos movimentos sociais organizados foi fator decisivo para que o Governo tomasse tal iniciativa e os desafios que este comitê tem pela frente são demandas URGENTES e significam a vida ou a morte de muitos LGBT´s espalhados em nosso Estado.
Vejamos alguns deles:

1- Este Comitê tem caráter provisório, é uma câmara técnica que tem objetivos, prazos e responsáveis para elaborar um grande programa chamado desde 2008 de BAHIA SEM HOMOFOBIA. Desta forma, são três as grandes ações que devem orientar os trabalhos deste Comitê neste primeiro período:
a) Organizar as propostas oriundas da Conferência Estadual LGBT e agregá-las nos planos de ação das Secretarias de Governo que compõem o Comitê, constituindo responsáveis e prazos.
b) Planejar a construção da Coordenadoria LGBT.
c) Planejar a criação do Conselho Estadual LGBT

Estas prioridades são necessárias para que, desde o início, tenhamos nítido que a política pública para LGBT que queremos deve ser de ESTADO e não de Governo. Queremos garantias que a população LGBT será tratada com seriedade pelo poder público e não fiquemos à mercê de governos, que são transitórios, por isso nosso foco deve ser a Coordenadoria LGBT, que deve ter dotação orçamentária e o tão sonhado Conselho Estadual LGBT, que será o órgão de controle social destas ações.

2- Outro desafio que vai encarar este Comitê vai ser o acompanhamento e parceria com os Centros de Referência LGBT, especialmente os de Vitória da Conquista, Feira de Santana e Salvador. Acreditamos que os Centros de Referencia são órgãos públicos que exercem papel estratégico para o combate a Homofobia e outras violências correlatas, a atividade conjunta destes centros de Referência e do Comitê são fundamentais para que exista efetivamente uma política pública LGBT articulada e ativa no Estado.

3- As entidades da sociedade civil terão o importante papel de estar à frente daarticulação das políticas públicas para LGBT nos últimos meses do Governo Wagner. No entanto, essa luta não será vencida apenas pelas 8 entidades: é preciso que todo movimento social LGBT se agregue nas reivindicações. Fazemos um chamado às organizações do movimento LGBT baiano para que estejam conosco nesta representação da sociedade civil no Comitê LGBT, em especial às organizações que disputaram essas 8 vagas: GGB, ADAMOR e Quimbanda-Dudu. E também às organizações que não foram habilitadas: OHC, GGLF e Diadorim.

É sempre bom lembrar e guardar no coração: Juntos SOMOS mais fortes!

BAHIA, BAHIA, SEM HOMOFOBIA!


Texto publicizado pelo Forum Baiano de Grupos LGBT - Forum o qual nasceu da necessidade de construir a unidade do movimento das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais do Estado da Bahia, articular as diversas iniciativas então localizadas e fortalecer e ampliar a nossa luta. Hoje, é a grande referência do movimento LGBT baiano, consolidado e respeitado no movimento social e pelas instituições sociais.

Novos tempos para a política LGBT baiana!

por Taisa Ferreira e Vinícius Alves*

Um novo período no que diz respeito a articulação de ações e direitos para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) se inicia na Bahia. Foi instituído na última sexta-feira, 04 de junho de 2010, o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT.

Com a criação deste Comitê a Bahia entra em um novo patamar de articulação, elaboração e acompanhamento de políticas públicas para nosso segmento. A partir dele, será possível criar e implementar ações e instrumentos que façam avançar de forma real a transformação da vida cotidiana de nossa comunidade e da sociedade como um todo.

Ainda que durante algum tempo o foco da estratégia do movimento tenha sido a da busca por ações e leis no âmbito federal, as Conferências nos mostraram, que também é importante o enraizamento e a interiorização do movimento e de suas ações. A Bahia - é sempre bom lembrar - foi um dos estados que mais promoveu conferências territoriais e movimentou pessoas por todos os territórios de identidade.

Essa mesma Bahia, por sua vez, não tem em sua casa legislativa nenhum Projeto de Lei aprovado que garanta ou equipare direitos as (aos) LGBT - o mesmo reflexo do âmbito federal. Situação grave, considerando que somos um dos Estados onde mais se identifica crimes homofóbicos e morte de homossexuais - segundo dados do Grupo Gay da Bahia.

As ações de destaque no Governo Estadual nos últimos tempos foram feitas de forma pontual a partir das Secretarias, sem contudo a execução de um plano estadual onde estivessem condensadas as propostas de políticas aprovadas na Conferência Estadual e que norteassem essas ações, tal qual o Plano Nacional LGBT propõe.

Grande parte da dificuldade de organizar essa política consistia especialmente pela falta de um canal mais eficaz e constante de diálogo entre o Governo e o movimento baiano. Canal este que, esperamos, será representado agora a partir deste Comitê que se instala e traz consigo, desde sua composição, todo o acúmulo das conferências e da organização do movimento e da política LGBT da Bahia no último período.

Tivemos pela Secretaria de Educação importantes cursos de capacitação para professores da rede pública estadual, editais da Secretaria de Cultura voltados a projetos LGBT e a Portaria 220/09 assinada por Valmir Assunção, então Secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza, reconhecendo o uso do nome social de travestis e transexuais no âmbito da política de Assitência Social no Estado. Além das ações de prevenção e formação apoiadas pela Secretaria de Saúde através da Coordenação Estadual da DST/AIDS que há muito auxilia na construção da cidadania de LGBT, porém urgem a concretização de ações mais amplas e articuladas.

Com a formação deste Comitê pretende-se debater com as Secretarias presentes a construção do Programa Bahia Sem Homofobia, aprovado na nossa Conferência Estadual e que será um instrumento fundamental para nortear a consolidação de políticas LGBT no nosso Estado.

Acreditamos ser importante também a criação de um Conselho Estadual LGBT, mais amplo do que o Comitê se propõe, com a presença de mais entidades do interior, da capital, da acadêmia e de setores parceiros a nosso movimento.

Para o próximo período é preciso cada vez mais articular o movimento baiano e afinar os nossos discursos, táticas e estratégias para que tenhamos uma boa construção, com um diálogo e capacidade cada vez maior. Para operar com os demais setores organizados da sociedade as transformações necessárias. É preciso estar cada vez mais perto de cada um de nós para sabermos quem de fato somos, quais problemas reais temos e quais políticas se fazem mais emergentes de serem pautadas e construídas.

O que buscamos enquanto lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não é sonho, não está em outro lugar se não aqui e nem em outro tempo se não agora. Buscamos algo que é real, que todos sabem que existe, mas que muitos setores da sociedade ainda insistem em, sob desculpas mil, esconder, segregar, abafar, negar.

Precisamos seguir juntas e fortes na construção desse Comitê LGBT e por políticas cada vez mais concretas e eficazes paro o pleno exercicio da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, bem como para as transformações sociais reais que precisamos operar até que todas e todos sejamos, de fato, livres.



Viva o Comitê LGBT da Bahia!
Viva o Fórum Baiano LGBT!
Viva o Movimento LGBT da Bahia!
Até a vitória!


*Taisa Ferreira e Vinícius Alves são membros da Associação Beco das Cores e representantes da entidade no Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT da Bahia.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - Comitê LGBT

A gente arrasa!

Rumo a construção de politicas e fortalecimento da cidadania LGBT na Bahia!


A Comissão Especial, instituída pela Portaria nº 256, de 20 de abril de 2010, para acompanhar e sistematizar os procedimentos relativos à eleição de Entidades, Grupos ou Fóruns representantes da sociedade civil para integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - Comitê LGBT no biênio 2010/2012,

RESOLVE:

Art. 1º - São consideradas eleitas para compor o Comitê LGBT, no biênio 2010/2012, as entidades, grupos ou fóruns da sociedade civil indicadas na tabela anexa;


Art. 2º - A escolha da representação das entidades, grupos ou fóruns congêneres no Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT´s, foi feita pelo colégio eleitoral, formado por delegado(as) de cada uma dos habilitados, apontados (as) no ato da inscrição;


Art. 3º - Terão assento no Comitê as 08 (oito) organizações que receberam maior número de votos nas vagas de cada uma das categorias citadas no anexo deste edital;


Art. 4º - As entidades, grupos ou fóruns eleitas e não eleitas poderão ter vistas dos processos de votação na sede da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos, para os devidos fins, facultada a extração de cópia reprográfica, às próprias expensas.


Salvador, 04 de junho de 2010.


Maria Aparecida Lemos Tripodi
Presidente da Comissão

Fabiana da Cruz Mattos
Membro

Jorge Luiz Lessa Lima
Membro

ANEXO

Categoria 01: Defesa aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais atuantes na capital - 03 vagas:

1. Beco das Cores
2. Coletivo KIU
3. RNAF LGBT´s

Categoria 02: Defesa aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais atuantes no interior - 03 vagas:

1. Grupo Humanus
2. GLICH
3. OMNI

Categoria 03: Defesa aos direitos específicos de lésbicas, com atuação no interior ou capital - 01 vaga:

1. Lesbibahia

Categoria 04: Defesa aos direitos específicos de travestis e transexuais, com atuação no interior ou capital - 01 vaga:
1. ATRAS

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O velho feminismo e a nova mulher Contemporânea


Por Andreza Almeida*


Car@s Amig@s,


Coisa difícil nesta vida é ser mulher, a opressão está ai viva, conseguimos muita coisa e muitas outras ainda estão por conquistar, bem como muita coisa ainda precisa se feita para vencer o “monstro do machismo” que esta ai a espreita, só esperando um brecha para avançar sobre nós e nos derrotar, é uma luta cotidiana, feita a cada minuto, é de nós para nós mesmas e de nós para o mundo.

O feminismo tal como o conhecemos e talvez tal como o reproduzimos precisa passar por sérias atualizações, e hoje não existem impedimentos institucionais para que mulheres ocupem espaços de poder, cargos em direções, virem chefes, presidentes, diretoras, sejam legisladoras, executivas, líderes sindicais, mães, amantes, mulheres, avós, tias e ainda resolvam os problemas da casa, são mil poderes e temos tempo para todos eles.

O poder está ai e cada dia mais o feminino ganha espaço e algumas mulheres conseguem representar muito bem anseios de milhões de mulheres, mas eu lhes pergunto é suficiente?

Alguns aspectos realmente precisam ser ressaltados, aproveito a proximidade do dia das mães para refletir sobre o que eu aprendi que era ser mulher, e como o mundo nos faz mulheres outras, que não aquelas esperadas pelas criações, que nos tomam por vítimas de um sistema opressor, criador de fragilidades, determinadas por estarem diante de um poder muito maior que é o poder que tem parido e criado o mundo.

E como coisas belas, raras e caras, são destinadas aos cofres e cativeiros, ainda os vivemos, não mais de pedra e ferro, mas desta vez grades virtuais, que são rompidas por algumas companheiras, mas continuam a existir ali, invisíveis e reais, aprisionando tantas outras.

É preciso que se diga, são dependências emocionais, fragilidades sociais, dificuldades estruturais e contingências ancestrais, os determinantes dos nossos parâmetros de conduta, são nossos afetos em relação á nós enquanto “mulheres & expectativas” e o nosso ser agente transformador da realidade e a quase impossibilidade de separarmos uma coisa da outra.


O que é necessário compreender é que precisamos passar por uma re-leitura do nosso feminismo, talvez da grande teoria feminista que nos colocou imersas nas pautas de medo dos padrões de consumo, da maternidade, da libertação sexual e do exercício da multiplicidade dos afetos.


Nosso feminismo é hostil e distante das fragilidades que os homens, não os machos, impuseram e nós aceitamos, talvez por serem em alguma medida confortáveis, afastam-nos da necessidade da luta, do uso do nosso poder e da necessidade de enfrentarmos demônios íntimos e coletivos todos os dias.

Esse outro mundo que a emancipação feminista forjou a custa da luta de algumas mulheres, precisa ser de todas as mulheres, criamos ícones de luta, forjamos referencias de luta, mas não investimos verdadeiramente na idéia de sermos livres e companheiras.


O nosso feminismo também julga algumas mulheres mais importantes que outras, também estabelece parâmetros para maquiagens, roupas, padrões sexuais. Quando sabemos que o problema da sociedade igualitária não é esse.


Esse novo feminismo que queremos tem dois pés dentro da diversidade sexual, é o respeito ao peito, o respeito aos excessos e as singularidades, como dizem meus companheiros de luta dentro do movimento de Diversidade Sexual é preciso Fechar! Aparecer, empoderar-se, sempre e isso é tanto uma luta intima dentro de nós vencend,o informações defasadas e fazendo cada vez mais livres os nossos corpos, as nossas mentes e as nossas vontades.

Precisamos deixar que as mulheres tirem de dentro de si o que quiserem, como os filhos que não escolhemos como virão, mesmo que já possamos decidir, se, quando e quantos teremos.

Falta-nos uma visão libertadora dos parâmetros de comparações entre formatos, modelos, enquadres e encaixes, a verdadeira feminista é livre dos rótulos e poupa-se de colocá-los.


E lhes digo esse novo modelo de feminismo não é heterossexual, ele é múltiplo, é simplesmente sexual tendo em vista que concede o direito ao corpo e o exercício da cidadania, é o nosso julgamento sobre as vontades alheias, é o nosso olhar de reprovação que dificulta que , de fato, muito mais mulheres estejam por ai a empoderar-se garantir os avanços de nossas pautas e quem sabe a extinção do debate do antagonismo de gênero, fruto da extinção desse antagonismo,

Queremos nosso corpo livre? Façamos! Livre de quem? Quem está aprisionando nossos corpos? Quais as amarras que lhes prendem? Temos medo da industria de cosméticos? Por que temos medo de envelhecer? Tememos os padrões que consumimos e legitimamos.
E definitivamente esse não é o foco do debate.


Creio realmente que o cerne do debate é sermos livre, livres de medos próprios, livres da condenação nossa de cada dia, das cercas com as quais impomos para nós mesmas e para outras companheiras e mundos tacanhos.

Um novo feminismo e a nova mulher pós-moderna. A Mulher pós-moderna (com perdão da má palavra), talvez ao contrário do homem pós-moderno, é engajada, trabalha, consome, vive sozinha, separou-se, fez sexo sem compromisso, deu por amor e por vontade, abortou ou nunca engravidou, realizou desejos e fantasias sexuais, sente-se bem com o próprio corpo, sem-vergonha, por que a mulher pós-moderna sabe que seu corpo lhe pertence e não pode e não deve ser alvo de ameaças ou constrangimentos, sejam eles físicos ou morais. A mulher pós-moderna, age e reage, dá, doa e recebe.

A liberdade sexual, a superação da imposição dos valores e a compreensão dos novos modelos de família e sexualidade são fundamentais para uma atualização do movimento feminista que ganhe mulheres não somente para suas pautas, mas para o poder, o poder de lutar por creches para as companheiras com filhos, por mais acesso á saúde, por jornadas menores para mães de filhos pequenos, pela regulamentação dos vários direitos ao corpo, o poder de lutar por melhores condições de trabalho, de inclusive casarem-se com outras mulheres.

Nós não queremos igualdade entre os sexos, mas antes sim o respeito e o reconhecimento às diferenças e singularidades que compões as sexualidades, sejam elas hormonais ou subjetivas.


É preciso camaradas começar a construir um novo jeito de ser feminista, menos preocupado com como é que se deve ser mulher e mais envolvido com a necessidade premente de que as mulheres tornem-se mulheres, libertem-se de ser machistas, tomem as rédeas de seus destinos e possamos caminhar juntas e juntos reconhecendo nossas diferenças e respeitando nossas singularidades.


Assim que quando mais tarde nos procurem diremos, nos libertamos de nós mesmas, dos nossos próprios preconceitos, e dos monstros debaixo e em cima de nossas camas, ai sim! nos tornamos verdadeiramente livre!

Mas até lá temos muito trabalho pela frente e muita ainda por dizer...




* Mulher, bissexual, solteira , sem filhos, filha de mãe solteira, criada com vó.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Uma escola gay para todos

Publicada em 5/1/2010 na pag. A3 do jornal Correio Popular Campinas/SP

Uma escola gay para todos¹

No último dia 16/12, o governo de São Paulo assinou convênios com 300 entidades culturais. O objetivo era destinar R$ 54 milhões do Fundo Nacional de Cultura, da Lei Rouanet, para os Pontos de Cultura, que tem a missão de “desesconder o Brasil”, isto é, reconhecer e reverenciar a cultura viva do nosso povo.

Dentre os projetos, havia um único destinado ao fazer e saber de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Uma ideia da drag queen Lohren Beauty, de Campinas, que quis criar um espaço de aprendizagem, valorização e reprodução dessa gaia cultura: a Escola Jovem LGBT, a primeira do País.

A notícia foi matéria de capa deste Correio, em 23/12, e ganhou manchetes nacionais. Recebemos centenas de e-mails de jovens interessados na escola, de professores das mais diversas áreas se oferecendo para dar aulas. Mas, com as manchetes, vieram também as críticas.
Muita gente se deixou levar pelo nome “Escola Gay” ou “Escola para gays” e nem se deu ao trabalho de buscar mais informação antes de sair falando em guetos e passados sombrios. Besteira. A escola nunca se propôs a ser um ambiente fechado, só para gays. Assim como gays, lésbicas e travestis podem circular e expressar sua sexualidade em todos os lugares, qualquer pessoa, de qualquer orientação sexual, é muito bem-vinda na Escola Jovem.

Outros questionamentos foram mais inteligentes: existe mesmo uma cultura LGBT? Por que há a necessidade de estimular essa cultura?

Vejam só: a escola nem abriu ainda e já está cumprindo seu objetivo maior que é o de estimular o debate e vencer o preconceito. Afinal, pré-conceito é um conceito formado quando há falta de conhecimento sobre determinado assunto. Para combater a homofobia, o preconceito contra homossexuais, é preciso debater, divulgar e dar visibilidade ao universo LGBT — não só entre legebetês, mas em toda a sociedade.

Para isso, a Escola Jovem LGBT possui duas estratégias. Uma é ser uma escola gay, sim, mas aberta a todos. A todos, claro, dispostos a conhecer e respeitar o universo gay. Não à minoria mais reacionária e homofóbica, irracionalmente contra os homossexuais independentemente de qualquer explicação. Essas pessoas, infelizmente, não estão abertas ao diálogo.
Nossa outra estratégia envolve oferecer ferramentas necessárias para que a própria população LGBT possa fazer o que lhe é negado: expressar-se. E aqui entra a explicação sobre o que é essa cultura LGBT e por que é essencial apoiá-la.

Cultura LGBT é a cultura que enfrenta não a cultura heterossexual, mas a cultura heteronormativa, isto é, a cultura que esmaga toda manifestação de diversidade sexual na sociedade. É a heteronormatividade que censura beijos gays nas novelas, que proíbe as escolas tradicionais de abordar a homossexualidade de maneira positiva, que força os meninos a usarem azul e as meninas, rosa. E essa cultura perversa que nega às pessoas LGBT mais de 70 direitos, como o de construir família e patrimônio, e estimula o assassinato e o suicídio de pessoas LGBT.

Uma cultura fruto do machismo e da xenofobia, opressões que alimentam o sistema capitalista.
Apoiar a cultura LGBT é dar ferramentas para que o jovem LGBT se expresse e construa a cultura na qual prefere viver. É estimular esses jovens a encontrar a felicidade na diversidade, na construção de suas verdadeiras identidades, sem precisar fingir que são heteros.
Como diz Célio Turino, criador dos Pontos de Cultura, o nome surgiu do discurso de posse do ministro Gilberto Gil, que falava em “um do-in antropológico, um massageamento de pontos vitais da Nação”. A Nação para a qual olhamos não é um conjunto de estereótipos e tradições inventadas. É um organismo vivo, pulsante, envolvido em contradições e que necessita ser constantemente energizado e equilibrado.

É dessa acupuntura social que a Escola Jovem LGBT é parte. Ou seja, o que está em questão não é o que vamos ensinar, mas, sim, o que todos nós, campineiros e brasileiros, vamos aprender com essa nova juventude gay.


¹Deco Ribeiro, jornalista e educador, é diretor da Escola Jovem LGBT, fundador do Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados (www.e-jovem. com) e conselheiro nacional de juventude junto à presidência da República